quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Voz de Leão de coração no chão






Há dias em que me lembro de quem não devo. Presságio de mau sinal porque o final é sempre o mesmo. Há dias e dias que insistem em se fazerem notar e vão embora para fora do triângulo de ângulo agudo. Dias em que o sol bate na cara e os batimentos cardíacos disparam sem pedirem permissão. Um coração que fala sozinho num caminho solitário dentro de um aquário claustrofóbico. A mente parte ao sabor do vento e mente para esconder o que sente. A voz sumiu-se da garganta e tudo o que canta se perdeu. Morri asfixiada por tentar estar calada fazendo aquilo que o coração não quis. Diz o que não sente e mente a pé juntos. Puta que canta e espanta a voz. Atroz morada que habito e em que fico a dormir. Prevenir males maiores. Puta que não fode nem dorme descansada. Estou cansada de ter a mania de carregar a bondade. Maldade que devia ter no olhar mas que rejeito. Cansada de ser tonta e fazer os outros rir. Digo agora ou depois, mas tanto faz. Atrás de uma ilha prometida que se mantêm escondida. Perdida está a esperança mas nunca aquilo por que luto e disputo de peito aberto. Dou mais do que deveria mas aprendi a sussurrar e a sufocar. Leão de coração feroz com voz sumida. Estar ressentida!!

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