sábado, 20 de novembro de 2010

Ancora no fundo do lodo






Ancora no fundo do lodo
Que se esmagou num todo
Marinheiro salgado de água
Que se vestiu de mágoa
No salpicado fado
De não querer ser amado
Pelas ondas se desvia
De um amor que não sentia
e segue
e esquece
e desaparece
Na maré de dor que se tecia
Num viver que lhe morria
Caindo até ao fundo
No mar profundo
                  que o sufoca



Sem comentários:

Enviar um comentário