domingo, 29 de maio de 2011

Vais foder até esqueceres quem tu és









Danças toda a noite
Pelo caminho incerto
Num árido deserto
A céu aberto

              Falhas
Que espalhas
Para as faces lavadas
Massacradas
Por tantas mãos e tão poucas
                                          Loucas
                           
            Andam as vozes
Aquelas que não ouves e que foges
Vais dormir ao relento
E viver sempre ao sabor do vento
Deitares fora aquilo que amas
Queimar tudo e atear as chamas

                Inflamas
                   mais do que consomes
Mal sossegas e dormes
É amor aquilo que fora deitas
Que sarcasticamente rejeitas
Para alimentar a fome
Que não te dorme
                         Dorme 
                           Ego
Que está por perto
De te matar
E apunhalar
Atirar para o esquecimento
                                Tormento
Lamento
Tanto
Ancoras que lançaste por onde não querias
Fingias
Finges sempre

Vais foder
Até te foderes
E esqueceres quem tu és

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