quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Uma história de amor numa estrada sem sentido














Uma história de amor numa estrada com apenas um sentido. Despido ficou o corpo de preconceitos. Conceitos que não interessam a ninguém. Não ter ninguém com quem reclamar. Snifar até doer e ficar com comichão no nariz. Partir o nariz e depois partir a cara toda. Toda a desgraça que virou farsa. Ficar com a cara no chão e um pasmo no coração. Coração desvairado e atrapalhado. Beber de uma água turva. Veneno que amargou. Quase matou. Sufocar e andar para a frente. Andar nua pela casa e em bicos de pés. De pés atados e olhos esbugalhados. Drogas sempre fizeram mal à saúde. É melhor ter cuidado e começar a dormir com o revólver sempre comigo. Ter cuidado contigo. Arma sempre pronta. Tonta. Chorar até não poder mais. Mais nada a dizer, nem a escrever. Esquecer. Desaparecer de onde não se pertence. Ser crescida e adulta, ou talvez cagar para isso tudo. Ver-me livre de ti. Livre como sempre fui e como sempre gostei de ser. Ferver. Viver melhor agora. Melhora a cada hora… Silêncio. Gosto. Gosto de ti, mas gosto mais de mim.

Sem comentários:

Enviar um comentário