segunda-feira, 4 de abril de 2011

Gata branca que encanta a quem a vem ver














Gata branca que espreita e se sujeita a ficar à espera. Desespera quem fica e não grita a tempo. Momento para descansar e assustar cansaços. Grito de libertação com uma canção de embalar. Dias com semanas longas. Sondas que injectam felicidade e parvoíces também. Além bem-vindo. Horas passadas à janela e na cama de outrem. Dormir nos braços de alguém que se gosta muito com o intuito de algo mais. Mais um medronho e um moscatel biológico. Lógica da batata e do peixe grelhado que nunca existiu. Viu algo mais apetitoso. Gostoso foi o crepe que me fez adormecer. Esquecer vidas chatas e monótonas. O mar está bravo e faz-se ouvir toda a noite. Perder os olhos nele. Viagem para o fim do mundo com uma pizza na cabeça. Cesta de piquenique. Tique nervoso. Desenho meloso. Pântano de riso. Braço liso cheio de frases bonitas. Estômago dilatado e irritado por tanta comida e bebida. Gorjeta de oito euros e uma frase por dizer. Ferver água quente para esvaziar a mente e um chocolate quente para acalmar o dente. Coração que sente o puto quente e ferra-lhe o dente para não o perder. Viver melhor agora. Melhora a cada hora. Horas para não esquecer.

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