Danças toda a noite
Pelo caminho incerto
Num árido deserto
A céu aberto
Falhas
Que espalhas
Para as faces lavadas
Massacradas
Por tantas mãos e tão poucas
Loucas
Andam as vozes
Aquelas que não ouves e que foges
Vais dormir ao relento
E viver sempre ao sabor do vento
Deitares fora aquilo que amas
Queimar tudo e atear as chamas
Inflamas
mais do que consomes
Mal sossegas e dormes
É amor aquilo que fora deitas
Que sarcasticamente rejeitas
Para alimentar a fome
Que não te dorme
Dorme
Ego
Que está por perto
De te matar
E apunhalar
Atirar para o esquecimento
Tormento
Lamento
Tanto
Ancoras que lançaste por onde não querias
Fingias
Finges sempre
Vais foder
Até te foderes
E esqueceres quem tu és